HOMENAGEM PÓSTUMA PARA JOÃO
J á não tenho lágrimas para chorar.
O dedo da vida apontou-te o outro lado,
A ssim fostes sem despedir, sem nenhum adeus,
O nosso amor ficou encostado no passado.
B uscando no vazio uma saudade inacabável,
A ssim sempre viverei longe de ti -velho amor-
T razendo a solidão que veste a minha alma
I rmã. Agora sou dos infelizes e dos oprimidos,
S ou quase uma coisa perdida nas madrugadas.
T omara que o céu não me ouça! Deus sabe o que faz!
A consciência ainda me acompanha: isso eu sei.
F elicidade ... não mais existe! Ilusão não acredito!
R uíram todas as esperanças,desbotei-me, fiquei feia,
A busei, desprezei-me. A realidade é deveras cruel!
G emidos e lamentos assim tornaram a minha vida
O nde a chamo de estadia. Não sou mais eu.
S ou apenas a sombra daquela mulher feliz
O nde a felicidade imperava e me tornava rica.