RETRATO DE AMOR

Eu queria poder falar sobre ela.

Linda menina, talvez mesmo seja,

imaginam enlouquecidas as linhas do poema.

A curiosidade aflige o meu verso...

nele sobrevive a voz que não esqueço...

e eu tento escrever a palavra mais certa.

Falo de encanto, sedução e magia,

amor... sonho... fantasia.

Rimas que o poeta encontra.

Infinito é todo o meu fascínio,

antes calmaria, agora fogo que amedronta.

Deusa, menina e mulher...

a rima doentia finge que não te quer.

Cigana...vida que é minha...

rouba de mim o sono e a calma.

Um dia eternizo você no meu verso.

Zelo que o artista embeleza.

Hoje a canção modesta te ofereço,

e o coração feroz, tonteia.

Um sorriso é tudo o que trago,

sol, que o teu olhar não percebe,

incurável sina, que é lua, e que é cheia.

Seja o alimento deste verso menina,

e toma essas rimas como um beijo.

A sede é minha, tua é a beleza, cristalina.

Repara neste ser repleto de carinho,

alma que voa plena de desejo!