NINA
Não há caminhos de volta para a descoberta do gostar.
Imagino não haver estradas para o não gostar
Nenhuma vontade de esquecer quando há o gostar,
Assim como não há explicação para te gostar.
Não sou feito de areia e sol e sou
Incerto e errante como os aventureiros
Não sou feito de sonhos e brisas,
Assim como os poetas e cantores...
Não canto; apenas aprendi a rir,
Invadindo canções alheias
Navegando em palavras
Acreditando em velhas lendas
Não sou velho, nem antigo,
Inimigo ou só...
Não sou triste, sei sorrir,
Amar, afagar e ouvir estrelas...
E depois de tudo isso
Te descubro e me descubro
E me desencontro e me encanto
Ando a volta de mim
Medindo passos
Olhando luzes
Mergulhando, andando, nadando, olhando e livre
Podendo dizer que é bom ter você.