NÁUSEA
Jamais deixarei meu grito amordaçado
Oxidado com o limo da esmola que oferecem
Sob o pretexto de uma benevolência demagógica,
Ética corrompida e de palavras ambíguas.
Cada sonho não sonhado - ou interrompido,
lamentavelmente subornado por alguns cruzeiros,
Álibi de engano, sem brio... Desperta em mim uma fera adormecida,
Unifica meu desprazer com o meu repúdio pelos ratos.
Dias melhores que nunca chegam, noites que não alvorecem,
Infortúnios que se multiplicam e agigantam-se como rios indômitos...
Ostentação de caridades vans... Enoja-me; ofereço-lhes o meu vômito!
Jamais deixarei meu grito amordaçado
Oxidado com o limo da esmola que oferecem
Sob o pretexto de uma benevolência demagógica,
Ética corrompida e de palavras ambíguas.
Cada sonho não sonhado - ou interrompido,
lamentavelmente subornado por alguns cruzeiros,
Álibi de engano, sem brio... Desperta em mim uma fera adormecida,
Unifica meu desprazer com o meu repúdio pelos ratos.
Dias melhores que nunca chegam, noites que não alvorecem,
Infortúnios que se multiplicam e agigantam-se como rios indômitos...
Ostentação de caridades vans... Enoja-me; ofereço-lhes o meu vômito!