E VIVA A "ROSA!"

A flor que luta, sem pensar na hora

Corre com sua prole, defendendo os seus.

Com serenidade, vai montando a História

Olhando seu tempo, pede Moratória.

Rosa Flor menina, espinho em roseiras,

Na escola eras, o terror da classe,

Aluna exemplo, fã das brincadeiras.

Sozinha aprontava, pela escola inteira

Nossa “Mãe” dizia, ao te por na escola,

Eras tu espinhos, viraste roseira.

Quando enfim formada, na calma se isola

Já não mais aprontas das suas zueiras.

Moça irreverente! trazia em sua mente:

Mudaria o mundo, de um jeito profundo.

Cerveja na mão, cigarro entre os dedos

Lançando a moda, fez ferver o mundo.

Cidade pequena, olhares maldosos.

Mais a Flor não muda, firma bem seus traços.

Pouco se importava, com os revoltosos

Vai ditando a moda, deixando seus rastros.

Fez-se enfermeira, ajudou Parteira

Com suor tentava uma vida Digna.

Chegando a São Paulo, seguindo carreira

Desbravou veredas, descobriu Enigmas

Hoje Mãe honrosa! Luz de uma Clareira!

Goretti Albuquerque.