UM CANTAR CHOROSO.

Cá dentro, existe um canto

De sonho e esperança.

Mesmo sem acalanto

Espero por bonança.

Que a vida brote o encanto

Não plantando a ganância

Vão-se os desencantos.

Ouço um cantar constante

Choro da Natureza!

O homem é o mandante

É bicho em avareza

Quando se faz errante

Faz-se Vil Comandante

Destrói com sua frieza.

Geme a Floresta Nua

Sua copa é decepada

Enchente alaga as ruas

Nascentes desviadas

As árvores que eram tua

Tombam ajoelhadas

Oh! Causa Nua e Crua!

O Canto lá de dentro

Maculam os corações

Invade a mata a dentro

Soluços em comoções

As rochas clamam ao tempo

Aplaquem as aflições;

Choram a brisa e o vento.

Os pássaros silenciam

Perderam os seus ninhos

Insetos anunciam

Roubaram-lhe os caminhos

Riachos que agonizam

Deixaram um pergaminho:

Homens! Mudem o “CAMINHO.”

Goretti Albuquerque