Febre de um despertar.

Anseio estar desperta

Mudar a vida incerta

Quero a cabeça esperta

Deixar aqui meu Alerta.

Mas tenho Febre...

De consertar o mundo

Sei, tenho que ser breve

O poço está bem profundo.

Plantar boa semente

De Amor e de Perdão.

Assisto a Humanidade

Chorar sem solução.

Mas, sinto dores...

Ao ver tanto abandono

Crianças vivem horrores

Tal qual um “Cão Sem Dono.”

Quero invadir as ruas

Gritar aos quatro ventos

Temos barrigas Nuas

Danos e sofrimentos.

Mas choro agora...

Porque não foi possível

Fazer a nova aurora

De um bebê sensível.

Dentre em meu Ser consigo

Com sonhos idealistas

Crianças tendo abrigos

Idosos otimistas.

Mas, oro a Deus...

Que tenha piedade

De todos os filhos seus

Que clamam sua “Bondade.”

Agora com febre de repulsa, e esse mundo ainda me Expulsa...

Nessa noite, a dor vem como

Açoites...

E o pulso... Ainda pulsa.

Goretti Albuquerque.