476-O QUE É POESIA? Acróstico-didático:9º de 100-(DECÁLOGO DE METRIFICAÇÃO)

476-O QUE É POESIA? Acróstico-didático:9º de 100-(DECÁLOGO DE METRIFICAÇÃO de LUIZ OTÁVIO da UBT))

Por Sílvia Araújo Motta

P- Para se compor uma POESIA

O-O autor deve no BELO repousar...

E-Não se faz poesia só com TEORIA!

S-Sentimentos podem improvisar,

I-Importante é que exprimam com harmonia

A-A equação da música que sai do coração.

Belo Horizonte, 15 de maio de 2006.

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DECÁLOGO DE METRIFICAÇÃO:

Autor:Luiz Otávio (União Brasileira dos Trovadores)(UBT)

1)- As sílabas são contadas só até a última tônica do verso.

2)- As pontuações não impedem as junções de sílabas.

3)- Não se deve fazer o aumento de uma sílaba métrica nos encontros consonantais disjuntos, (ou seja: não usar "suarabacti").

4) - Uma vogal fraca faz junção com a vogal fraca ou forte inicial da palavra seguinte.

§ único - Aceitam-se exceções a esta regra no sentido de evitar a formação de sons duros e desagradáveis. Exemplo: "cuja ventura/única consiste".

5) - Uma vogal forte, pode ou não, fazer junção com vogal fraca da palavra seguinte, no entanto jamais deve fazê-la com vogal forte.

§ único - Nos casos em que se prefira a junção "forte + fraca", deve-se ter sempre o cuidado de evitar sons desagradáveis ("mais que tu/ardo") ou formar novas palavras ("via ao invés de "vi a...").

6) - Pode haver a junção de três vogais numa sílaba métrica.

§ 1º - Não deve haver mais de uma vogal forte.

§ 2º - No caso em que a vogal forte não esteja colocada entre as vogais fracas e sim em 1* e 3* lugar, para que seja correta a junção, as duas vogais fracas devem juntar-se por crase ou por elisão, e não por sinalefa (ditongação).

Assim, estará certo:"é a ambição que nos prende e nos maltrata", e não se pode unir as três vogais de "e a / intima palavra derradeira".

§ 3º - Deve ser usada com cuidado a junção de mais três vogais, embora haja casos corretos de quatro e até de cinco vogais.

7) - Os ditongos aceitam as pré-junções com vogais fracas ("E eu"). As post-junções são aceitas somente nos ditongos crescentes (encontros instáveis) ("a distância infinita") e são repelidas nos ditongos decrescentes. ("Eu sou/a que no mundo anda perdida").

§ único - Há casos de uso facultativo de pré-junção de vogais forte aos ditongos, quando essas vogais são as mesmas dos iniciais dos ditongos e não forem as tônicas das palavras.

(Aceita-se: "Será auspiciosa" e será inaceitável: "Terá/auto nos pontos".

8) - Nos encontros vocálicos ascendentes (formados por vogais os semivogais átonas seguidas de vogais ou semi-vogais tônicas), a sinerese é de uso facultativo. ("ci-ú- me" ou "ciú-me", etc.).

§ único - Há neste grupo, excepcionalmente, encontros vocálicos que não aceitam a sinérese. Geralmente, são formados pela vogal "a" seguida das vogais "a", ou "e" ou "o" (como em: Sa/ara, a/éreo, a/orta, etc.) ou, alguns casos, do mesma vogal "a" seguida das semi-vogais "i" ou "u" tônicas, como em: "Para/íso, "ba/ú", etc.

9) - Nos encontros vocálicos descendentes (formados por vogais ou semivogais tônicas seguidas de vogais ou semi-vogais átonas) não se aceita a sinérese ("tua", "lua", "frio", "rio" etc., sim, "tu/a", "su/a","fri/o", "ri/o", etc.

§ único - Em algumas regiões do Brasil é usada a sinérese nestes encontros vocálicos, com base na fonética local. No entanto, não será aceita na Metrificação, em benefício da uniformidade, uma vez que na maioria dos Estados é feita a separação dessas vogais.

10) - 0 uso da aférese ("inda", etc), síncope ("pra", etc), apócopes ("mui", e de ectilípse ("com a", "o", "as", 'os") é facultativo.

§ 1º - A junção de "com" mais palavras iniciadas com vogais átonas é correta mas pouco usado. Acompanhando a maioria dos poetas, sempre que possível, deve ser evitada. ("com amor") etc.

§ 2º - A junção de "com" mais palavras iniciadas com vogais tônicas não

será aceita. ("com esta" etc.).

§ 3º - A junção de fonemas anasalados "am", "im", etc., com vogais átonas ou tônicas não será aceita. ("formaram" / idéias", "cantaram / hinos" etc.).

§ 4º - E preciso cuidado com o uso de aféreses, síncopes e apócopes que, por estarem em desuso ou por formarem, geralmente, sons desagradáveis, irão ferir a sensibilidade e os ouvidos dos leitores e dos ouvintes.

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Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 15/05/2006
Reeditado em 24/06/2006
Código do texto: T156348
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