DESMORONAMENTO LENTO .
D eixastes de elogiar.
E squecestes de olhar com o coração.
S entimento nenhum restou do conquistar
M esuras e ranzices no lugar
O utrora de carinhos e presença.
R aiva incontida sem nome sem razão
O dio sem data marcada de explodir
N efasto sentimento embugalhado
A roubar energia, e nada acrescentar
M atando a cada dia que amanhece
E ncanto nunca mais, e desencantos mil.
N egando a si mesmo quanto
T empo perdido ao ruminar passado.
O utorgando a solidão a si e a outra metade.
L ento como o tic- tac do relógio da sala
E sperando o que não sei, marcando as horas.
N egando aos dois tanta oportunidade.
T emendo a perda porém sabendo que
O tempo perdido não voltará jamais.
SANTOMÉ