Obrigada por ser meu AMIGO, apesar dos meus múltiplos defeitos.
APRENDIZ DO VIVER
Jorram, das tuas calejadas mãos, sinuosas palavras!
Oleiro a moldar em linhas o sentir, a existência!
Recendendo com a mais pujante efervescência...
Galés buscando o brilho das inatingíveis lavras!
Expostas permanecem persistentes e gélidas travas
Libando, na crua realidade, a ingênua eflorescência!
Usurpadoras de tolas fantasias, mitigando a carência...
Insuspeitas dores que, no descompasso de rimas, destravas!
Zarpam do cais sobre incandescentes lavas...
Diáfanas luzes traduzidas em desconcertante pensamento!
Além da superficialidade, tu és o esperado advento
Solfejo de sabedoria a retirar da mente as clavas!
Imponente menestrel, cujas fundas nódoas lavas
Legionário da liberdade sem qualquer tormento!
Vem e traz pra minh’alma o refrescante lenimento
Afrontando toda a escuridão com essas nuvens alvas!
Agora quando no peito, incisivo e paciente, encravas
Luzente diamante composto de lirismo e refinada alquimia!
Versejando com despudor, os limites da loucura e da agonia
Espelhos do viver que, secretamente, ensejavas!
Sejas enfim, o herdeiro que ao trono retomava... a fim de reinar
a esfuziante e inusitada alegria!