Desencanto
F oste tudo e foste nada
E ncanto de amor
R ajadas de dor
N ‘alma incrédula.
A mor que me trouxe luz
N ‘algum momento me senti assim,
D ormente, inerte, impotente,
O avesso do que sou.
M anhã que me trouxeste
A paz que eu pensava conquistar.
N uvem de ilusão que criei,
U nião que não vingou...
E o amor, o mar levou!
L onge, longe, longe...
R ajadas de ventos,
O rgias de dor...
D or no corpo, dor na alma.
R ios de prantos
I ra que não se explica,
G uinada de sentimentos
U m temporal de aflição...
E spelho que não se acha,
S emente que não vingou!
L ua que me trouxe o brilho
O despertar de um toque
P razer, entrega, amor.
E spera que já ferida,
S audade que restou.
D espedir-se...
E squecer!
O que nada ficou
L evou-me o bem mais precioso
I magem nítida e perfeita da
V ida que não existiu, do
E spelho que quebrou, da
I déia e do sonho que por fim acabou.
R aiva, desdém, dissabor.
A vesso de mim, avesso de ti.