Enquanto Houver Vida

E screver palavras iguala-se a arte de amar;

N a harmonia das sílabas do verbo a conjugar;

Q ueremos artistas que façam o papel falar;

U mas poucas linhas de um mundo a sonhar.

A beleza contem a simplicidade da cena improvisada;

N a coragem de homens que fazem da vida um palco;

T ênues gestos para uma platéia ora real, ora figurada;

O desempenhar de membros que do chão passam ao salto.

H orizonte de magia de instantes que cristalizam o tempo;

O ator chama a atenção e dá-se conta de seu talento;

U niverso de palmas para uma estrela em movimento;

V estes que escondem e escancaram, de acordo com o momento.

E xpressar sentimentos indo além do pano de fundo;

R eescrever a obra milhões de vezes em um minuto;

V er como o pensamento faz das ações algo profundo;

I nfundindo nas relações um ser por natureza astuto;

D espir as máscaras, mostrando um rosto íntegro;

A té nova metamorfose no caos do equilíbrio límpido.

Aline Cristina C. de Oliveria (FOCA)

Foca
Enviado por Foca em 21/04/2006
Código do texto: T142952