Enquanto Houver Vida
E screver palavras iguala-se a arte de amar;
N a harmonia das sílabas do verbo a conjugar;
Q ueremos artistas que façam o papel falar;
U mas poucas linhas de um mundo a sonhar.
A beleza contem a simplicidade da cena improvisada;
N a coragem de homens que fazem da vida um palco;
T ênues gestos para uma platéia ora real, ora figurada;
O desempenhar de membros que do chão passam ao salto.
H orizonte de magia de instantes que cristalizam o tempo;
O ator chama a atenção e dá-se conta de seu talento;
U niverso de palmas para uma estrela em movimento;
V estes que escondem e escancaram, de acordo com o momento.
E xpressar sentimentos indo além do pano de fundo;
R eescrever a obra milhões de vezes em um minuto;
V er como o pensamento faz das ações algo profundo;
I nfundindo nas relações um ser por natureza astuto;
D espir as máscaras, mostrando um rosto íntegro;
A té nova metamorfose no caos do equilíbrio límpido.
Aline Cristina C. de Oliveria (FOCA)