ONDE DEVO PROCURAR
O verso que não me veio
Na verdade sei que existe
Deixei-o vago, deixei-o
Em silêncio cinza e triste
Deixei-o só, no abandono
Em eterna gestação
Velando noites sem sono
Ou tardes de solidão
Perdi-me nos algarismos
Revisando as equações
Ou desenhando os abismos
Com cálculos e frações
Um dia a melancolia
Reavivou meu jardim
Aí vi que a poesia
Reinava dentro de mim
São Paulo, 16 de janeiro de 2009 - 19h48