SILÊNCIO

C
alei-me em sussurros indizíveis
Aplaquei a fala na garganta que cala
Li em teus olhos sonetos incoercíveis
Arranquei a voz do peito que fala
Darei suspiros entrecortados
Agora com lágrimas silenciosas
 
Entreabrem as cortinas do torpor
 
Silenciosas, silentes, sossegadas.
Ó lágrimas, lágrimas de desamor.
 
Silenciosa, recolho-te em versos.
Imagino-te gélido, petrificado.
Lentamente em névoas submerso
E com sopros suaves, o sonho alado
Na noite que é passada silencio
Citando um suave conto
Ignoro os sons dos risos
O grito travado na garganta

INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 04/12/2008
Código do texto: T1317822
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