O AMANTE?!

R ealizei o meu sonho de menino.

O cultei-me para ouvir o que ela dizia.

B astante eufórico neste dia eu fiquei,

E xtasiado por esta minha ousadia.

S ua voz suave espalhava pelo quarto

P roduzia um som encantador, agradável;

I sto fazia com que não me arrependesse

E sim, pelo contrário, reforçasse a contravenção

R ealizada por mim naquele mágico momento.

R eparei que ela não estava sozinha e que

E xistia no quarto um outro ser que não gostei.

A mante, este era o infeliz substantivo que a

M inha mente pronunciava e um ódio me apossava.

A mante sim! Porque a amado dela só podia ser eu.

R oubava aquele rapaz o meu lugar de direito que

A madurecia tempos e tempos dentro de mim sem ela

N em se quer saber. Agora, às escondidas, eu aden-

T rei no seu quarto para dizer-lhe que a amo. Por

E nquanto nada posso fazer, mas este intruso tem que morrer...

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 22/10/2008
Código do texto: T1241378