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Por que resistir à tentação inconsciente?

O que emana de nós é apenas energia...

Levitemos – o expor-se é salutar, magia.

Louco e gênio sou quando indecente!

Yes! Não devemos ser o que desejam...

Temos nossas razões e por isso esbravejo:

Insensíveis homens, eis uma linda mulher!

A candura e o trejeito de menina fina;

Não espantam seus olhos como deveria?

Ah quão todos somos, lobos sem magia.

A magia que o retrato me revela, revelaria?

Lembra-me o risonho redescobrir do tempo...

Beijo-me a própria cálida mão, pura ironia?

Umbilical... É este o condão a que me prendo.

Que imaginar e por que as perguntas, por quê?

Uma resposta insidiosa serviria de alento?

Estenda as mãos para o tempo e me abrace...

Relaxe a cada pífio retumbar da suave ilusão.

Quão afável este soletrar de encantamento;

Unicamente por você ele se fez concretude.

E é na solidez da irrealidade que há decrepitude.

Porque a vida assim desejou, apenas por isso...

Isso mesmo! Destinos que se resvalam no infinito.

Nostalgias de estranhas sensações, lembra disso?

Tempo... Senhor ou criatura que nos faz finito?

Ousei e aqui me ponho, entregue e gélido, sim!

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 01 de outubro de 2008.

22h37min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 01/10/2008
Reeditado em 25/06/2012
Código do texto: T1206850
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