MINHA MÃE   (homenagem póstuma)


F ostes bela, talentosa, mãos de fada
L idando sempre com vestidos e moda
O rgulho de costureira, modista, dona de casa
R espeitosa, amável, mas também, vaidosa
A ssim
nos
destes, com nosso pai, educação primorosa

B ons tempos aqueles, em que nos divertíamos.
R etalhos de pano, da vida e dos anos dourados
U mas tantas travessuras, sem perdas e danos
N uma existência tranquila, de família unida
O utros caminhos, novos rumos, nova partida

D esencontros armados pela mão do destino?
O rganogramas da Sorte, infiéis, detalhados?

N ossas vidas jogadas em redemoinhos fatais
A cidentes que nos levam os entes queridos
S ofrimentos d´alma tão pouco entendidos
C orrentes tumultuosas, tétricos mananciais...
 I  nclusa é a tempestade, na estrada voraz
M uito destes à vida, e nela, também, incluida
E rguestes a bandeira, até mais dolorosa
N a passagem de nosso único irmão, Hertz,
T antas alegrias ele nos deu nesta vida
O stentando a coragem, fostes mãe valorosa!

1. Meu pai foi atropelado e morto por um ônibus da Copa Norte, aos 39 anos de idade (Rio de Janeiro- 1940 )
2. Meu irmão Hertz, em acidente de ônibus que tombou no Ribeirão das Lages, em 1964, aos 21
anos de idade, cadete da AMAN (Km. 47 Rodovia Dutra)
3. Minha mãe caiu do taxi, que deu marcha-ré quando saltava diante de nossa casa. (Valença, Est.do Rio-1971)

Eu estou correndo a Maratona de Acrósticos. Vem comigo!
Elma do Nascimento (VicMag)
Victoria Magna
Enviado por Victoria Magna em 04/03/2006
Reeditado em 13/03/2006
Código do texto: T118561