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Colei meu rosto junto à estática e fria tela,

Impressionado com a beleza que surgia.

Não poderia, nunca, tocar a pele que emergia...

Tentei, tentei... Inutilmente, era apenas tátil.

Horas depois, na solidão da minha sofrida ilusão,

Yes! Finalmente brindei, sozinho, o desejo contido.

Ao fim do ato, feliz e cansado, sonhei com algo mais.

Voar, vociferando o vulcão da fêmea ardente que desejo.

Alimentar esse sonho, burilando minha aparente loucura,

Leva-me a acreditar que a vida sem devaneios de usura,

É que nos torna frio qual respingos gélidos do fútil medo.

Revigoro o prazer sentido sem a presença do desejado corpo...

Imploro, de joelhos, que ajoelhada ela me permita a penetração!

Assim, curvada, entregue ao meu paladar, brindo, no ato de amar.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 13/09/2008
Reeditado em 04/11/2011
Código do texto: T1176773
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