PARA MEU PAI
Para meu pai, em outro andar, com carinho.
Como é bom, pai, lembrar do senhor!
Índole forte, humor latente!
Conseguia alegrar a gente
Ensinando coisas da vida,
Recordando dores e feridas,
O que, sempre, deveria sarar.
Destemido, como um leão à caça,
Orgulhoso de si, à beça
Ungia minha cabeça,
Rei e poderoso me tornava.
As coisas simples como ninguém adorava,
Demitia a arrogância,
O prepotente desprezava.
Dizia sempre: O que vale é a força de vontade
Aliada ao trabalho!
São esses ensinamentos, pai,
Indispensáveis ao meu bem viver
Levo comigo, onde estiver,
Vivo sem teu ensinamento esquecer:
Amar a vida, trabalhar e merecer.
Brasília/DF, 08/08/2008