FANTASMAS...

Faz e se faz de conta,

Antes do amanhecer soturno,

Num relãmpago de esquecer

Tentar se fazer com que

Anime-se e se alegre,

Sorria e não se chore,

Mas, a solidão é tanta,

Arde, quanto bala halls,

Sabor menta pimenta,

Dado para que se delicie,

E, mas, quem que delicia?

Líquido na boca, formado,

Em sabor insaboreável,

Mastigável, não engolível,

Bala que não se chupa,

Resto de amor que se é...

Antes, seja, resto, do que do

Nada do amor vivido,

Ç cedilha, um pouco dele,

Ao menos que se tenha,

Sempre, no lembrar-se

Muitas veses, no tempo, desde

Ontem, hoje, amanhã, sempre,

Misturado, nem que seja,

É com licor menta pimenta

Na base líquida ou bala halls...

Tende-se a se degustar, ambos,

Antes e durante, lembra-se,

Não, jamais, depois de esquecido

Esse trauma separativo

Ao que se teve como tese,

Sofrido, analizado, atraído, perdido

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 31/07/2008
Código do texto: T1105844
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