FANTASMAS...
Faz e se faz de conta,
Antes do amanhecer soturno,
Num relãmpago de esquecer
Tentar se fazer com que
Anime-se e se alegre,
Sorria e não se chore,
Mas, a solidão é tanta,
Arde, quanto bala halls,
Sabor menta pimenta,
Dado para que se delicie,
E, mas, quem que delicia?
Líquido na boca, formado,
Em sabor insaboreável,
Mastigável, não engolível,
Bala que não se chupa,
Resto de amor que se é...
Antes, seja, resto, do que do
Nada do amor vivido,
Ç cedilha, um pouco dele,
Ao menos que se tenha,
Sempre, no lembrar-se
Muitas veses, no tempo, desde
Ontem, hoje, amanhã, sempre,
Misturado, nem que seja,
É com licor menta pimenta
Na base líquida ou bala halls...
Tende-se a se degustar, ambos,
Antes e durante, lembra-se,
Não, jamais, depois de esquecido
Esse trauma separativo
Ao que se teve como tese,
Sofrido, analizado, atraído, perdido