Rosemary de Fátima Andrade
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Recriar a partir de uma ilusão
Oblitera-me o poder da criação.
Se sentisse o que não vejo,
Ergueria um monumento
Mais ou menos sem deslizes.
Agora dessa forma, sem matiz,
Revejo conspirações anteriores...
Y – ainda tem essa bendita, ah!
Deveras amante da vida?
Espera o que da existência?
Faces murmuram ao espelho.
Ágape própria da profusão do tempo.
Textualizar a dimensão do que reflete,
Invoca-nos sensações desmedidas.
Mesmice? Talvez, existem relutâncias...
Afinidades não se buscam, partidas.
Avalia-me como homem ou nunca fez isso?
Nunca mesmo? Delírio demais, caretice!
Deveria sentir-me como é sentida, vagamente...
Retardando o processo e a vertente
Ainda descomplicados da relação fugaz.
Descomplicados em função da estultice
Entrecortada por nós mesmos, simples mortais.
Fortaleza-CE, 01 de abril de 2006.
12h56min