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‘Gosto do gosto’ que o desgosto nos traz.

Atrás de cada poeta, por isso sonhador assaz,

Beira uma lucidez contumaz e de estrias...

Rasgando as imperfeições dessa tela fria.

Young menina, de beleza assim estonteante.

Esclareça-me uma impropriedade estafante:

Leio em mim, em cada parte deveras reticente,

A singela vontade de saber mais, entende?

Como o tempo é magnânimo e autêntico!

Assim do nada, num fortuito acaso idêntico,

Vimos nossos olhares se darem um ‘oi’

Ainda lembro do sorriso tímido, não foi?

Lentamente as palavras saíram e o tempo,

Como num filme de romances do acaso,

Aliviou as tensões e o medo do desconhecido.

Não falamos nada demais... Apenas ouvimos.

Todas as notas musicais das canções, acho!

E que árias harmoniosas e cheias de vôos.

Nijair Araújo Pinto

Crato-Ce, 7 de maio de 2008.

17h47min