Lígia Felizardo Martins
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Lígia Felizardo Martins
Linda! Que mais poderia eu falar...
Ímpio mundo que, por tanto tempo,
Ganhando ou perdendo, importa(?),
Isolou-nos como a dois mundos!
Ah, vida! Eterna surpresa do porvir.
Felizardo, sim! Sou mimo pleno.
Entender que a espera era bem supremo,
Loucura sensata da insensatez humana,
Invariavelmente me conduz ao altar...
Zingro mar adentro – e busco meus limites:
Ao que me parece, eles esbarram na tela.
Rogo que as amarras que se instalam na vela
Dominem apenas o temporal da efemeridade,
Onde as ilusões se concretizam de verdade.
Mar... Mediterrâneo. Onde nascem as deusas Lígias?
Altaneiras, as Divas não se fazem apenas existir.
Rainhas, vocês são reflexos de intemporal ‘devir’,
Tirando o sono de velejadores cheios de vãs magias.
Ingrato mundo! Que afasta de nós o bem desejado.
Não me culpo nem culpo o tempo nem meu estado.
Simplesmente, sou sincero admirador de rainhas.
Nijair Araújo Pinto
Crato-CE, 15 de julho de 2008.
16h30min
Instagram: @_nijair