Jardim Secreto




Jazia pobre e sofrido espectro de meu ser...

Abatido, mortalmente, pela desesperança do não viver.

Reunia as parcas experiências passadas e,nem uma linha escrevia

Detinha o perdido olhar aqui e acolá e...infindável deserto se extendia.

Indagava por que de tamanha vacuidade interior...destino fatal?...

Mentia,sinceramente,a mim mesmo ,para não sucumbir...


Súbito,maravilhoso perfume da noite impregnou os espaços...amor

Elevo, agradecido ,e sublime sentimento se me apodera...

Canto e danço inebriado as canções dos folguedos juvenis.

Rompo amarras e grilhões do passado e meu coração ergue às alturas

Eis que a razão do êxtase se me apresenta...delicioso ser de jardim!

Trêmula ,frágil florzinha de corolas brancas cujo aroma a tudo permeia

Ouvi,com gratidão sua terna voz dizer seu nome...



ps.o nome da florzinha? o seu nome...