ÁGUAS DO MEU SÃO FRANCISCO

Á guas belas e cristalinas que na Canastra brotam...

G arbosas se mostram plenas, frescas e caudalosas.

U ngidas pelo São Francisco e, vívidas se mostram,

A liviam o sofrimento dos ribeirinhos, tão formosas...

S ementes do amanhã, majestosas se demonstram.

D ominam lugarejos e passeiam radiantes, fulgorosas...

O stentam a beleza, o constante revoar dos pássaros.

M eu rio que mata a sede de tantos, oferta-nos a fartura...

E xtasia as almas e tão inocente sacia a fome dos homens.

U nicidade na forma, um presente divino, doce água pura.

S erpenteia por entre pedras, inevitável e sublime candura,

A lcança e se abraça aos afluentes, fortalecido se esmera...

O pulência que retrata a maestria, qual visível investidura.

F orça descomunal que se agiganta e se banha os quintais...

R evela a imponência, fragiliza quem o fere, mas, encanta.

A lheio se torna arredio, violento ao arrancar os roseirais,

N os jardins das cidades às suas margens, uma fúria santa.

C almo, retorna ao seu leito normal e, não se ressente...

I nunda os corações com a mais absoluta e terna esperança.

S ilente em alguns momentos, em outros, rude e imponente,

C antigas são feitas em louvor, o devotam como criança.

O fuscante estado da graça, um amor que invade a gente.

Pirapora/MG, 09 de julho de 2008.