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"O mineiro só é solidário no câncer."
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 Seis passagens de Otto Lara Resende no livro As pompas do mundo
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Otto Lara Resende (1922/1992)
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Otto de Oliveira Lara Resende foi um jornalista e escritor brasileiro natural de São João Del-Rei (MG) e eleito membro da Academia Brasileira de Letras, para a cadeira nº. 39. É pai do economista André Lara Resende e filho de Antônio de Lara Resende, um professor, gramático e memorialista, casado com Maria Julieta de Oliveira, com quem teve 20 filhos, dos quais Otto era o quarto. Otto fez seus estudos primário e secundário em sua cidade natal, no Colégio Padre Machado, dirigido por seu pai. Desde criança mostrou interesse pela literatura. Aos onze anos iniciou um diário que representava importante depoimento psicológico de um adolescente. Fez suas anotações até os dezoitos anos, e conservo-o até os vinte anos, quando inexplicavelmente desapareceu. Otto escreveu também poesias, sobretudo sonetos. Quando terminou o ensino secundário, tinha pronto um volume de contos, mas não publicou. Em 1938, transferiu-se para Belo Horizonte. Em 1940 começou a publicar artigos de crítica no periódico O Diário, ao mesmo tempo, que divulgava em suplementos locais e cariocas, poemas em prosa, sob o título de "Poemas Necessários". Em 1941 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Nessa época dava aulas de Português, Francês e História em um colégio de Belo Horizonte.
Em 1945, Otto Lara Resende mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar na imprensa, como cronista político da Constituinte de 1946. Entre os anos de 1946 a 1954 manteve intensa atividade jornalística. Trabalhou nos jornais: Última Hora, O Globo, Jornal do Brasil e na Revista Manchete, chegando a diretor da mesma. Em 1949 foi nomeado para secretário na Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Anos depois foi nomeado Procurador do Estado da Guanabara. A amizade de Otto Lara Resende com Nelson Rodrigues levou Nelson, em meados dos anos 50, transformar Otto em personagem de suas crônicas e em título de uma de suas peças – “Bonitinha, mas Ordinária, ou Otto Lara Resende”, e incluído no texto a sua frase “Mineiro só é solidário no câncer”, que Otto refutava a autoria que lhe é atribuída. Até então dedicado à crítica, Lara Resende estreou na ficção, em 1952 com "O Lado Humano", seu primeiro livro de contos, sobre temas do cotidiano. Em 1957 publica "Boca do Inferno", também contos, onde aborda o universo infantil, em sete histórias nas quais é mostrada a complexidade psicológica da criança. Em 1957, Otto Lara Resende parte para Bruxelas, como Adido na Embaixada do Brasil. De volta ao Rio de Janeiro, em 1960, passa a escrever com regularidade na imprensa, desta vez, crônicas de sentido literário. Em 1962, publicou “O Retrato na Gaveta”, contos e novelas. Em 1963 publica o "Braço Direito", seu único romance, que recebeu o Prêmio Lima Barreto, instituído pelo livreiro Carlos Ribeiro, no Rio de Janeiro. Em 1964, Otto publica a novela “A Cilada”, incluída no volume “Os Sete Pecados Mortais”, de vários autores. Entre os anos de 1966 a 1970 ocupou o cargo de Adido Cultural da Embaixada do Brasil em Lisboa. De volta ao Brasil, trabalhou no cargo de diretor do Jornal do Brasil. Em 1974 ingressou nas Organizações Globo, onde permaneceu durante dez anos. Em 1979 é eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº. 39. Em 1980, a Som Livre lançou o disco “Os Quatro Mineiros” com a gravação de leitura de poemas e textos em prosa de Otto, Fernando Sabino, Hélio Pellegrino e Paulo Mendes Campos. Em 1991, com 69 anos, Otto foi contratado como colunista do jornal A Folha de São Paulo. A coluna estreou com o título “Bom Dia Para Nascer”. Os ensaios publicados na imprensa lhe renderam o volume póstumo: “O Príncipe e o Sabiá”. Otto Lara Resende faleceu no Rio de Janeiro, no dia 28 de dezembro de 1992.
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A TROVA  DO DIA - CDXXX 

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 "INSÔNIA"
INSÔNIA CRÔNICA – Espaço Rafah
Continuo de olhos abertos,
Nesta madrugada sombria,
 Meus versos estão libertos,
   Pra retratar nova poesia.  
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso. 
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

16/06/20 21:35 - Joselita Alves Lins
Insônia nem sempre é ruim
Ela nos deixa a sonhar
Com o que estamos a fim
Até dormir e acordar. 
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17/06/20 22:08 - Antônio Souza
A madrugada me causa arrepio
Quando nela estou sozinho
Sem minha amada sinto frio
Fico qual viuvo sem carinho.  
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 16/06/2020
Reeditado em 18/06/2020
Código do texto: T6979403
Classificação de conteúdo: seguro