O PORTO

O PORTO

Chego ao porto, depois de uma grande jornada,

Trago meu corpo, cansado, arrastando nas águas,

Também vem comigo, uma pobre alma, diluída,

Carregada de desgosto, cheia de dor e mágoas,

Eu navegante, nesse mar denso, alma desolada,

Alguns pesadelos tensos, outros, sonhos findos,

Talvez você não seja, a pretendida, aquela amada,

Que, nos pesadelos, era só sorriso, dias lindos…

Por que, escondes as presas e o olhar de serpente,

Cantas, esses cantos, como encantos de uma sereia,

Exalas o perfume, esse aroma de sexo, que semeia...

Por que, aguardas, no porto, meu corpo inocente,

Como dama da noite, olhar fatal, tão indecente,

Como quem intervem, na alma, no corpo, permeia…

Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 29/06/2017
Reeditado em 18/08/2017
Código do texto: T6040562
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