A MORTE

Tão ínfima descia pelo vento

a pétala da flor, emurchecida;

Dançava distraída, ao relento,

já morta, pelas vagas, já sem vida...

Que triste! Então eu disse em meu lamento...

Outrora, de perfume, guarnecida,

no cálice, qual fosse um catavento,

girando pelo Sol, descontraída!...

Mas, ao vê-la, assim, frágil e combalida,

vagando sobre as flores, falecida,

levada pela brisa à própria sorte,...

... pensei, sentindo a lágrima no rosto;

Que tarde em despedida! Que Sol posto!

Jamais sonhei que fosse linda a morte!!!

Arão Filho

São José de Ribamar-MA, 16.nov.2016.