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Da minha janelinha do casebre,
Eu vejo o céu tão claro, deslumbrante,
A lua reluzente, um diamante,
Alvíssima no espaço, cor de lebre...
 
Esqueço que meu corpo sente febre
E sinto que as estrelas rutilantes
Respingam das alturas delirantes
E caem sobre as hortas de azebres...
 
Nem tenho qualquer tempo, nem dou conta
Da vida que m’assusta, da pobreza,
Que levo nesses dias tão sozinho...
 
Espero pela noite de riqueza
Prá ver aquela lua linda, tonta,
Voar no imenso céu qual passarinho...
 
Aarão Filho
São Luís-Ma, 16 de Novembro de 2011.