A morte da virgem...

A morte da virgem...

Morreu no fim da tarde, ao por do Sol,

Na hora em que os sinos badalavam

Parece até que os sinos pranteavam

A morte de uma virgem no arrebol...

No último suspiro que ela deu

Do Céu uma fina chuva serenou

Uma estrela pequenina se acendeu

No espaço uma andorinha revoou...

No esquife, entre flores perfumadas,

Dormiu pra sempre a virgem perolada

Guardada nos porões da eternidade...

Um moço muito belo e simplório

Chorava soluçando no velório

As lágrimas de quem tem só saudade...

Arão Filho

São José de Ribamar-MA, 15.07.2015