O Lar dos Santos

Libélulas são livres criaturas

Que ganham os céus imensos e benditos

Alçando voos tão belos nas alturas

Nos forros celestinos e infinitos...

Na tarde em despedida, tarde linda,

Libélulas no céu revoam ledas

Mergulham no esplendor da luz infinda

Com suas asas diáfanas de sedas...

Rebrilham no horizonte feito círios

Batendo as asas plásticas nos lírios

Que se espalham nas várzeas verdejantes...

Invejo-as em seus voos lindos, augustos,

Pois sei que alcançam o Lar dos Santos, Justos,

Enquanto eu fico aqui na Terra, errante...

Arão Filho

São José de Ribamar-Ma, 27 de Maio de 2015.