MÃEZINHA (Aarão Filho) / MISTÉRIOS DAS MÃES (Ângela Paula Lima)

Para Mãe Branca, in memoriam

Nas vagas desta noite eu perco o sono

Resvalo-me na areia e vejo a Lua

Passando sobre os pés de cinamomos

Voando lentamente sobre a rua...

Eu fico relembrando a infância linda

Deitado em minha rede na varanda

Olhando estas abóbadas infindas

Olhando as estrelas em cirandas...

Sentada ao meu lado a mãezinha

Dizia bem baixinho: está na hora;

Meu filho vai dormir na Paz, na Luz!

Ali no Céu eu vejo a estrelinha

É ela a minha mãe que foi embora

Morar no Céu com os anjos de Jesus!

Arão Filho

São Luís-MA, 11/011/2013

*********************Belíssimo soneto de Ângela Paula Lima****

Obrigado, poetisa por tão bela interação!

MISTÉRIO DAS MÃES

É certo que as mães têm um mistério

Que as fazem nessa Terra tão presentes

Mesmo depois de transcender o etéreo

Para habitar o Céu e as nossas mentes....

São elas que ensinam sempre a sério

A cumprir os deveres prontamente

São elas que nos legam o critério

Da escolha. E o fazem brandamente....

É a Mãe que à noite ao nosso lado

Mitiga o nossa dor e o medo ancora

Nos faz dormir e ao leito nos conduz...

Mas em outro momento tão chorado

Somos nós que a ajudamos em sua hora

De adormecer nos braços de Jesus...

11/11/2013