QUADRA PERFILADA (LXV)

N.A.: As "QUADRAS PERFILADAS" serão publicadas
paulatinamente sem o compromisso de datas fixadas e
seguirão o mesmo entendimento das "TROVAS DO DIA",
meu projeto literário encerrado em 10/10/2020. Maiores
detalhes na quadra “ÊXTASES”, publicada em 18/06/2021.
==============================================
"AMOR EM CENA"
Declarações de amor do cinema: veja 15 cenas românticas irresistíveis - A  revista da mulher
O amor só vale a pena,
Se houver entrega total,
Sempre teremos boa cena,
Numa relação consensual.
================================= 

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

HOMENAGEADA:
Os números de Tarsila do Amaral - Aparecida Liberato
TARSILA DO AMARAL (1886/1973)

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


UM DE SEUS PENSAMENTOS:
”Eu invento tudo na minha pintura. E o que eu vi ou senti, eu estilizo.”

SEU PERFIL BIOGRÁFICO:
Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista brasileira natural de Capivari (SP). O quadro "Abaporu" pintado em 1928 é sua obra mais conhecida. Junto com os escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp, lançou o movimento "Antropofágico", que foi o mais radical de todos os movimentos do período Modernista. Internacionalmente conhecida, Tarsila, é considerada uma das principais artistas modernistas da América Latina, descrita como "a pintora brasileira que melhor atingiu as aspirações brasileiras de expressão nacionalista em um estilo moderno. Ela foi membro do grupo Grupo dos Cinco que era um grupo de cinco artistas brasileiros considerados a maior influência do movimento de arte moderna no Brasil. Os demais integrantes do Grupo dos Cinco são Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Tarsila também foi fundamental na formação do movimento Antropofagia (1928-1929); foi ela quem inspirou o famoso Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade. Filha de José Estanislau do Amaral Filho e de Lídia Dias de Aguiar, seu avô paterno era José Estanislau do Amaral, a quem Silva Leme, na Genealogia Paulistana, cognominara “o milionário”, em virtude da imensa fortuna que acumulara em fazendas do interior paulista. Além de fazendeiro, seu avô fora empresário e construíra edifícios importantes em São Paulo e Santos, e a sede de seus negócios fora a Fazenda Sertão, na qual, em seu auge, tivera quatrocentos escravos. Tarsila era a primeira filha do casal, e a segunda criança, depois de Oswaldo. Ela teria ainda outros cinco irmãos, incluindo Milton, pai do geólogo Sérgio Estanislau do Amaral. Seu pai herdou a fortuna de seu avô, incluindo diversas fazendas onde Tarsila e seus sete irmãos passaram a infância. Seus primeiros anos foram passados na Fazenda São Bernardo, nas proximidades de Capivari, e mais tarde na Fazenda Santa Tereza do Alto, em Monte Serrat. Sua infância incluiu intenso contato com a zona rural, nas fazendas onde morou, em passeios que sua família fazia em suas regiões, e em visitas a seus parentes, que também moravam no interior. Ainda na infância Tarsila passou parte de seu tempo em São Paulo, primeiro na casa do avô e depois sucessivamente em um colégio de freiras do bairro de Santana e no Colégio Sion. Mais tarde, julgando que poderia oferecer à filha uma educação ainda melhor, seus pais a matricularam no Colégio Sacré-Coeur de Barcelona, na Espanha, onde estudou dois anos e completou seus estudos. Nesse colégio Tarsila ganhou um prêmio de ortografia e teve seus primeiros contatos com a pintura. Seus êxitos artísticos lhe estimularam a prosseguir e buscar aperfeiçoar-se. Ao chegar da Europa, em 1906, casou-se com o médico André Teixeira Pinto. O marido se opôs ao desenvolvimento artístico de Tarsila e exigiu dedicação exclusiva à vida doméstica, levando à separação do casal. Com ele teve sua única filha, a menina Dulce, nascida no mesmo ano do casamento. Tarsila se separou logo após o nascimento da filha e voltou a morar com os pais na fazenda, levando Dulce. Começou a aprender pintura em 1917, com Pedro Alexandrino Borges. Mais tarde, estudou com o alemão George Fischer Elpons. Em 1920, viaja a Paris e frequenta a Academia Julian, onde desenhava nus e modelos vivos intensamente. Também estudou na academia de Émile Renard. Apesar de ter tido contato com as novas tendências e vanguardas, Tarsila somente aderiu às ideias modernistas ao voltar ao Brasil, em 1922. Numa confeitaria paulistana, foi apresentada por Anita Malfatti aos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Esses novos amigos passaram a frequentar seu atelier, formando o Grupo dos Cinco. Em janeiro de 1923, na Europa, Tarsila se uniu a Oswald de Andrade e o casal viajou por Portugal e Espanha. De volta a Paris, estudou com os artistas cubistas: frequentou a Academia de Lhote, conheceu Pablo Picasso e o pintor Fernand Léger, visitando a academia desse mestre do cubismo, de quem Tarsila conservou, principalmente, a técnica lisa de pintura e certa influência do modelado legeriano. Em 1924, em meio à uma viagem de "redescoberta do Brasil com os modernistas brasileiros e com o poeta franco-suíço Blaise Cendrars, Tarsila iniciou sua fase artística “Pau-Brasil”, dotada de cores e temas acentuadamente tropicais e brasileiros, onde surgem os "bichos nacionais"(mencionados em poema por Carlos Drummond de Andrade), a exuberância da fauna e da flora brasileira, as máquinas, trilhos, símbolos da modernidade urbana. Casou-se com Oswald de Andrade em 1926 e, no mesmo ano, realizou sua primeira exposição individual, na Galeria Percier, em Paris. Em 1928, Tarsila pinta o Abaporu, cujo nome de origem indígena significa "homem que come carne humana", obra que originou o Movimento Antropofágico, idealizado pelo seu marido. O movimento propunha a digestão de influências estrangeiras, como no ritual canibal (em que se devora o inimigo com a crença de poder-se absorver suas qualidades), para que a arte nacional ganhasse uma feição mais brasileira. Em julho de 1929, Tarsila expõe suas telas pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, em virtude da quebra da Bolsa de Nova York, conhecida como a Crise de 1929. Tarsila e sua família de fazendeiros sentem no bolso os efeitos da crise do café e Tarsila perde sua fazenda. Ainda no mesmo ano, Oswald de Andrade separa-se de Tarsila para casar-se com a revolucionária Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. Tarsila sofre demais com a separação e com a perda da fazenda, o que a leva a entregar-se ainda mais a seu trabalho no mundo artístico. Em 1930, Tarsila conseguiu o cargo de conservadora da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Deu início à organização do catálogo da coleção do primeiro museu de arte paulista. Porém, com o advento da ditadura de Getúlio Vargas e com a queda de Júlio Prestes, perdeu o cargo. Em 1931, Tarsila ingressou nas fileiras do Partido Comunista Brasileiro] e vendeu alguns quadros de sua coleção particular para poder viajar à União Soviética com seu novo marido, o psiquiatra paraibano Osório César, que a ajudaria a se adaptar às diferentes formas de pensamento político e social. O casal viajou a Moscou, Leningrado, Odessa, Constantinopla, Belgrado e Berlim. Logo estaria novamente em Paris, onde Tarsila sensibilizou-se com os problemas da classe operária. Sem dinheiro, trabalhou como operária de construção, pintora de paredes e portas. Logo conseguiu o dinheiro necessário para voltar ao Brasil. Com a crise de 1929, ela perdera praticamente todos os seus bens e sua fortuna. No Brasil, por causa de sua participação no PCB e pela sua chegada após viagem à URSS, Tarsila é considerada suspeita e é presa, acusada de subversão. Em 1933, a partir do quadro “Operários”, a artista inicia uma fase de temática mais social, da qual são exemplos as telas Operários e Segunda Classe. Em meados dos anos 30, o escritor Luis Martins, vinte anos mais jovem que Tarsila, torna-se seu companheiro constante, primeiro de pinturas depois da vida sentimental. Ela se separa de Osório e se casa com Luis, com quem viveu até os anos 50. A partir da década de 40, Tarsila passa a pintar retomando estilos de fases anteriores. Expõe nas 1ª e 2ª Bienais de São Paulo e ganha uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) em 1960. É tema de sala especial na Bienal de São Paulo de 1963 e, no ano seguinte, apresenta-se na 32ª Bienal de Veneza. Em 1965, separada de Luís e vivendo sozinha, foi submetida a uma cirurgia de coluna, já que sentia muitas dores, e um erro médico a deixou paralítica, permanecendo em cadeira de rodas até seus últimos dias. Em 1966, Tarsila perdeu sua única filha, Dulce, que faleceu de um ataque de diabetes, para seu desespero. Nesses tempos difíceis, Tarsila declara, em entrevista, sua aproximação ao espiritismo. A partir daí, passa a vender seus quadros, doando parte do dinheiro obtido a uma instituição administrada por Chico Xavier, de quem se torna amiga. Ele a visitava, quando de passagem por São Paulo e ambos mantiveram correspondência. Tarsila do Amaral, a artista-símbolo do modernismo brasileiro, faleceu no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, em 17 de janeiro de 1973 devido a causas naturais. Foi enterrada no Cemitério da Consolação de vestido branco, conforme seu desejo.
--------------------------------------------------

==================================
Abraços
==================================


Interações (meus agradecimentos):

23/08/21 15:23 - Joselita Alves Lins
Amar só não é ideal.
Sem o outro corresponder,
Se amarga um grande mal;
Tendo a alma a sofrer.
----------------------------------

23/08/21 17:01 - Antônio Souza
Dou-me a ti e tu a mim
Numa entrega verdadeira
E pra sempre seja assim
Amor e sexo a vida inteira. 
----------------------------------

24/08/21 10:09 - Sandra Laurita
Carinho e cumplicidade
Receita de benquerer
Não dispensa a amizade
Faz o amor crescer.
----------------------------------- 

24/08/21 19:51 - Solano Brum
Permitido, sempre é bom,
Cuja entrega é total!
Como o licor do bombom..
Não embriaga, não faz mal!
-----------------------------------

24/08/21 22:47 - DOCE VAL
O amor nunca faz mal
Quando em sintonia corpo, alma e mente
É sempre primavera a reinar
E os carinhos e caricia são sementes... 
-----------------------------------

26/08/21 07:13 - Francisco de Assis Góis
O amor tem duas vias
Uma vai e outra vem
Pra viver com alegria
Embarque nessa meu bem
-----------------------------------

 
POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 21/08/2021
Reeditado em 27/08/2021
Código do texto: T7325166
Classificação de conteúdo: seguro