Perto dos teus olhos
Compreendo o céu
quando a noite deslisa
nos teus cabelos.
Dei nomes às flores
ás árvores e às bonecas
de pano.
Mergulhei nas águas
do Rio São Francisco
adormeci na primeira
volta do vento.
Brigamos? Não sei.
Sei dos girassóis abertos
nos teus olhos.
Deixo as janelas nuas
e as portas abertas...
Não sei se querias ouvir
uma canção de ninar.
Eu cantaria sem ferir
o silêncio das lâminas
no tronco das palmeiras
cortadas no teu jardim.
Recolho-me em preces.
Ouço a voz dos anjos.
Sei do amor agora.
Amanhã ouvirei
o sol.