A BELEZA DA ALMA
 
Desculpe-me as belas
Mas beleza é raridade
Por mais que seja simplesmente bela
Não será pura verdade
Por que o aspecto da alma nunca é desvendado.
 
A beleza que procuro é incompleta
Não estou falando de teus olhos
Que ilumina meu destino
Nem tão pouco do coração
Que me refaz menino
E do teu beijo que me desperta.
 
Estou falando da beleza que não procuro
Que muitas vezes me perco em curvas suntuosas
Mas me refaço contornando meu desejo
Desfigurando meu lado escuro
Que revela a flor mais bela entre todas
Mas não te encontro, entre muitas não te vejo.
 
Desculpe-me as belas
Mas beleza é leveza da alma
Por mais que seja simplesmente bela
Não serás pura como a sinceridade
Por que o corpo é injusto quando revela.
 
A beleza que encontro é parcial
Como quem reparte, desaparece e nunca vai.
Não estou falando de teu corpo que elimina a fome casual
Nem de teus suspiros que revela teu aceite crucial
Estou falando de tua alma que não revela teu semblante
Outrora, natural, presente, ausente do desejo animal.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 16/04/2012
Reeditado em 23/03/2013
Código do texto: T3616676
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