BEIJO
 
Nada o tirou do meu pensamento
O beijo roubado sem consentimento
Ficou como marca d’água notável
Como uma tatuagem irreversível
Que não sentimos, mas está presente.
 
A aproximação levou eternos segundos
Pressentido por seu hálito abrasador
O primeiro toque fundiu dois mundos
Com explosões intergalácticas de amor.
 
O cinjo de nossos lábios em fusão condiz
Com as razões inesperadas das paixões
Tira a noção das visões reais e nos conduz
Para um sonho imaginário da alienação
Que não pedimos, mas temos a missão.
 
Nossa inépcia de reagir aos pretextos
Nos deixa em um quarto refluído de fulgor
O beijo vai sendo consumado insensato
Promulgando o pecado insano da candura
Desconhecendo protesto hediondo do amor.
 
Entregamo-nos ao beijo sem aparte final
Juntamos nossas razões, nossos corpos.
Como catalizadores mutantes da paixão
Criamos um mundo sem medo, imposto.
Pelos os desejos imprevisíveis da atração.
 
As razões vão se perdendo pelos cantos
Em desacordo com a atração concupiscente
Vejo teus olhos lacrimejantes em prantos
Pressentido um beijo único, somente.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 28/03/2012
Código do texto: T3581657
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