Sempre o amor agora

o amor ondula-se

atraca-se em nuvens

flores e rochedos.

o amor é asa

furta as cores

desenhadas

pelo sol

o amor é arte

mira-se no ar

na chuva caindo antes

de chegar às telhas.

locomove-se

atravessa o perigo no olhar

dos bandidos e dos curiosos

nas janelas sem parapeito.

o amor torna-se tudo

revira-se no estômago

e nas costas.

é espesso e torto

avesso em versos

dispersos na alma.

em excesso, o amor

chega e parte.

quebra-se no vazio

em mim, em ti.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 20/08/2017
Reeditado em 20/08/2017
Código do texto: T6089196
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