Ecos
as horas apertam lânguidos sentidos.
ecoam no peito as promessas feitas
no final da noite.
aguardo uma tarde alegre...
teus pés nas folhas secas
dos quintais.
(rege o sol uma orquestra de ruídos).
acendo círios amarelos.
ilumino teus caminhos.
recordo teu nome
na areia e nas pedras
à margem dos rios.
fora das águas
sereias recebem
flores e pérolas.
perco no horizonte
os barcos de papel.
no armário: vestidos,
casacos de lã e linho
e meu corpo na sala
à espera da valsa...
guardo-te. tudo tenho.
és uma vida na pele
distante do abismo.