Fugaz

O dia floresce leve, de mansinho

Escorregando sorrateiro sobre

Os ponteiros sôfregos do relógio

No prelúdio do crepúsculo

O que resta são apenas doces sonhos

Delicadamente presos a um solfejo

Resvalando o frescor de alvas pétalas

Sobre a noite, que debruçada sobre

As pálpebras magistrais do infinito

Rebusca estrelas vestidas só de poesia

Na impalpável pele nua do poente.

(Edna Frigato)

Edna Frigato
Enviado por Edna Frigato em 05/08/2015
Código do texto: T5336214
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