SOU VAQUEIRO

Minha véstia é a minha couraça,
Armadura de couro, pespontos,
As perneiras é minha calça,
O para-peito é meu manto.

Sou vaqueiro, um homem rústico,
Trabalhador do sertão, da caatinga,
Tenho minha crença, ora místico,
O aboio é minha bela cantiga.

Minha lida é diária, é intensa,
Arrebanhando gado aos currais,
Serras, terrrenos, léguas imensas,
Fazendas, nossos terminais.

Encourado, sou herói do sertão,
Prodigioso em batalhas na caatinga,
Do gado desgarrado servidão,
Do padroeiro não quero intriga.

Pegas-de-bois, a vontade profana,
Minha fé, sacramento divino,
Meu traje de couro não engana,
Sou vaqueiro, desejo menino.

Montado em meu cavalo ligeiro,
Tangendo gado, fazendo marcação,
Sou místico e também verdadeiro,
Sou símbolo, sou marca do sertão.




 
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 27/07/2016
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