Rosa Bela

Rosa Bela.

Tímida moça

nordestina.

Esquiva e esquálida,

no corpo de menina,

deixa longe as saias

na areia branca e fina.

Perto da alma,

vê espinhos.

Ilumina-se na oração.

Lê versos inspirados

no amor e no perdão.

Dobram lágrimas

espelhos quebrados.

Pulsos cansados

sangram no chão.

Rosa Bela solta as cores

no cinza das paisagens

desenhadas no sertão.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 26/02/2015
Reeditado em 27/02/2015
Código do texto: T5151139
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