Rosa Bela
Rosa Bela.
Tímida moça
nordestina.
Esquiva e esquálida,
no corpo de menina,
deixa longe as saias
na areia branca e fina.
Perto da alma,
vê espinhos.
Ilumina-se na oração.
Lê versos inspirados
no amor e no perdão.
Dobram lágrimas
espelhos quebrados.
Pulsos cansados
sangram no chão.
Rosa Bela solta as cores
no cinza das paisagens
desenhadas no sertão.