SOLIDÃO ATROZ   III



 
 
O vento soprava vadio, quase assoviando.
As taquaras se esbarravam umas nas outras,
Produzindo um som estridente quase fúnebre.
A noite era um só breu, tétrica e assustadora.
Nas touceiras nada se via a não ser pirilampos.
E ali estávamos eu e a minha eterna saudade.
 
O som do zéfiro fundia-se a sinfonia do taquaral.
O que mais podia fazer ali, a não se embebedar?
O momento convidava a uma bebida quente.
Bebericando a saudade eu contemplava o nada,
Porque no ambiente nada tinha a contemplar.
A não ser a solidão atroz e o negrume do lugar.