Quem será eu? Quem será nós?
Me digladio em
Laminas cortando-me
Há três anos não vivo como se deve
Mas quem sabe aprendo a vomitar essa podre poesia
Não sou como os outros, sofro por isso
Mas não sei se quero ser assim
Viver é um paradoxo
Ou você é um idiota feliz
Ou uma bomba de mágoas e rancores
quem sabe de vez em quando escrever uma poesia ou fazer uma música
ou se saber fora da brutalidade do senso comum
digo esse senso comum velho, vagabundo, piegas, preguiçoso e covarde
uma vez uma namorada minha, histérica como só ela, em sua plena sabedoria disse que bem queria eu ser um playboy arrogante desses que tanto eu odeio e condeno
estava certa ela
muito certa ela
batalha entre o que se é e entre o que se quer ser, mesmo que obtuso, absurdo
entre o divino e o profano
quem será eu?
Quem será nós?
Em meio a essa guerra de saberes e respostas?
De dúvidas, incertezas, temores, tensões e alívios deveras breves?