Quem será eu? Quem será nós?

Me digladio em

Laminas cortando-me

Há três anos não vivo como se deve

Mas quem sabe aprendo a vomitar essa podre poesia

Não sou como os outros, sofro por isso

Mas não sei se quero ser assim

Viver é um paradoxo

Ou você é um idiota feliz

Ou uma bomba de mágoas e rancores

quem sabe de vez em quando escrever uma poesia ou fazer uma música

ou se saber fora da brutalidade do senso comum

digo esse senso comum velho, vagabundo, piegas, preguiçoso e covarde

uma vez uma namorada minha, histérica como só ela, em sua plena sabedoria disse que bem queria eu ser um playboy arrogante desses que tanto eu odeio e condeno

estava certa ela

muito certa ela

batalha entre o que se é e entre o que se quer ser, mesmo que obtuso, absurdo

entre o divino e o profano

quem será eu?

Quem será nós?

Em meio a essa guerra de saberes e respostas?

De dúvidas, incertezas, temores, tensões e alívios deveras breves?

Lucas Leal
Enviado por Lucas Leal em 05/05/2024
Código do texto: T8056528
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