Violão quebrado
Há muito tempo não ouço.
Não ouço os gritos da minha imaginação.
Queria tocar uma canção...
Mas está muito tarde, e não tem café.
Por consequência de uma imprudência,
O violão quebrou-se logo a corda Ré.
Há muito tempo não escrevo.
Não escrevo o que vejo...
O caderno está completo pela exiguidade.
Queria fazer o que desejo,
Sem obedecer a ordem convencional da sociedade.
Há muito tempo não vivo.
Não vivo a vida como ela deve ser...
Até tomei chuva num dia de sol...
Nasci para viver, acabei morrendo por nascer.