DESAPRENDI A VIVER SÓ
(SÚPLICA)
 
 
Olha querida, eu me rendo. A tua ausência me judia muito, dilacerando a minha alma.
Venho em paz para te pedir perdão. 
Não me lembro e nem sei que mal eu te causei.
Mesmo assim, seja lá o que for eu peço perdão.
Reconheço-me como um ser frágil e mortal,
extremamente bruto e ainda cheio de vícios, passivos de erros às vezes até primários.

Não aprendi a dosar as atitudes bruscas.
Não consigo controlar e vencer tantas emoções.
Mas tenha certeza de uma coisa querida:
O meu amor por ti é eterno. Disso nunca poderás duvidar ou ignorar.

Por isso não consigo dispensar os teus afagos.
Não sei como viver sozinho e sem os teus carinhos.
Sabes por acaso me dizer como  é ficar só?
Eu desaprendi. Aliás, nunca aprendi. Sinto-me como um biruta ao vento.
Todos os meus espaços   ainda  estão impregnados
com o teu perfume, com o teu cheiro gostoso de mulher. Engraçado, vejo-te a todo instante em todo lugar, não obstante desconhecer o teu paradeiro. Para te ver basta apenas fechar os olhos estando num bosque ou num jardim. Quando não estás nada mais faz sentido.
As flores, as borboletas e os pássaros mesmo presentes é como se estivessem ausentes.
Minha querida, rogo-te que me perdoe e volte para me abraçar e me beijar novamente como antes.

Volta para retornarmos ao passado ainda presente. Talvez possamos reviver os nossos bons momentos. Faz destas minhas súplicas a magia do perdão e da reconciliação.