A folha

Não pretendo nenhuma audácia. Na cara deste papel não escrevo o que quero. A caneta me guia para uma outra coisa que não sei o que é. Perco-me no oceano que essa folha se torna. Oceano cheio de nada, inclusive, sem água.

Durante o dia sou só um humano ocupando o espaço existencial para onde fora cuspido. Quando na noite, procuro minha essência nas palavras. Tudo o que fora dito não é nada mais o que deveria ter sido e não o foi...

Tahutihator Frigus
Enviado por Tahutihator Frigus em 06/04/2017
Reeditado em 06/04/2017
Código do texto: T5963215
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