SUPLÍCIO DE UMA SAUDADE
 

 
 
 

                    Existem centenas de formas para se declarar amor ou de se receber o amor de alguém.
Porem basta um olhar sincero e verdadeiro para a voz do nosso coração dizer tudo.
                    Existem mil formas de saudades. Aquelas que nos machucam o peito infelizmente são as que mais nos marcam. Nessas circunstâncias a saudade é um suplício.
                    Outras nos remetem a um mundo mágico de alegria e paz, sonhos e fantasias. Sonhos esses dos quais não queremos acordar. Daí o porquê de tantas divagações.
                    Porém a saudade é inerente à vida e ao homem. Sã e conscienciosamente não existe um único ser humano que não tenha sentido saudade de alguém ou de alguma coisa em algum minuto da sua existência.
                    Muitas vezes por alguma razão ou circunstância estamos distantes do nosso bem amado ou de um ente querido, por isso dele sentimos saudade. E essa distância nem sempre é física, pois diariamente estamos nos esbarrando um no outro a todo o momento.
                    Isto acontece porque nós seres humanos fazemos questão de se distanciar das nossas próprias fraquezas e imbróglios. Por conta disso sentimos saudades do tempo em que entre a gente reinava a paz e a união.
                    Quantos e quantos casais não sentem saudades dos bons tempos, posto que vivam sobre o mesmo teto e a todo instante se cruzam sem se falar ou trocar um olhar? O que se dizer daqueles que estão a milhares de quilômetros de distâncias, mas espiritualmente estão presentes, um ao lado do outro? Esses não sentem saudades, e sim, tão somente lembranças agradáveis.
                    Daí então, para que a saudade não se transforme num tormentoso suplício é necessário que nos desvencilhemos do orgulho, dos preconceitos, das maledicências e do terrível espírito de revide.
                    Só assim, naturalmente dóceis e compreensivos, com muito amor no coração conseguiremos evitar o suplício de uma saudade.