QUE PAÍS É ESSE? MEU BRASIL, BRASILEIRO...

A titulo de introito, vamos tecer um breve comentário sobre a Vida. Na voz do povo, vida tem muitas definições ou significados. Tem aquela popular, que pode ser considerada engraçada, mas que tem fundamento prático: “A Vida é uma sucessão de sucessos e insucessos que se sucedem sucessivamente sem cessar”. Isto não deixa de ser um fato. Para muitas pessoas, a Vida é ou pode ser uma porcaria, uma droga, um pesadelo, ou um sonho, algo bom de ser vivido, apesar de que, em alguns momentos, ela (vida) insista em ser uma das outras coisas. Faz parte...

Entretanto, a Vida é, no geral, o que nós fazemos dela. Tanto as coisas boas, quanto as ruins. Apesar de que devemos nos esforçar para fazer apenas as coisas boas, o que muito vezes não é possível. Então, vamos nos esforçar para que elas sejam, pelo menos, a maioria.

Todavia, o sonho não é apenas para ser sonhado, é para ser transformado em realidade, ser vivido! Para isso, temos que estabelecer metas, ser perseverantes, objetivos, organizados. Para isso, temos de batalhar muito, ‘dar duro’! Como se diz, “as coisas não caem do Céu”. Deixemos de reclamar, de colocar a culpa dos infortúnios nos outros. Devemos participar mais, dar nossa contribuição de forma efetiva. E não apenas esperar tudo dos outros, sobretudo dos governos! Nós sabemos que a maioria deles é de incompetentes, corruptos, ladrões mesmo!

Também pudera, a maioria de nós acha que é assim mesmo, que essa é a praxe política, que se estivesse no lugar deles agiria da mesma forma! Afinal, somos nós que os colocamos nos cargos que ocupam, com nossa arma principal: o voto! Tão mal utilizado no nosso país! Daí, cabe citar mais um dito popular: “Cada povo tem o governo que merece”. Que tristeza!

Por falar em voto, em votação, eis uma coisa que precisa ser mudada no Brasil. Já que não sabemos usar nosso voto, o mesmo não deveria ser obrigatório. Apenas deveria votar quem quisesse, quem tem interesse e entende o que é política partidária e o que deve ser uma administração pública. Enfim, saber o que é DEMOCRACIA!

E, por falar em Democracia, os políticos costumam dizer por aí que nós “vivemos em pleno estado democrático de direito”! Nós perguntamos, ‘que direito’? ... ‘direito de quem’? Só se for o direito deles – políticos e assessores – de roubarem o dinheiro público, os recursos destinados à saúde, educação, segurança, estradas etc. De roubarem tanto dinheiro que, mesmo que eles pudessem viver mais de cem anos, não teriam como gastar! Para que guardar tanto dinheiro? Que obsessão é essa? Será que a Psicologia explica? Será que todo indivíduo que entra na política é acometido de alguma doença, que poderíamos denominar de “tio Patinhasite”? (Essa é para quem conhece o Pato Donald e sua família). Aliás, as pessoas nem estão atentando para o fato que tal atitude famigerada de roubar dinheiro público deveria ser considerada “crime hediondo”! Por quê? Quem desconhece e não sente na carne o fato de que essa roubalheira toda resulta em mortes, muitas mortes, frequentes e, às vezes, em série! Tudo de ruim que ocorre por falta de recursos públicos. E seus efeitos colaterais? Além dos citados acima (saúde etc.), ainda tem o exemplo que dão para o povo, que fica a imaginar ‘se eles podem fazer o que fazem, nós também podemos’. O que tem acontecido no nosso cotidiano não precisamos comentar, já que é sobejamente conhecido e divulgado pela imprensa, porém cabe dizer ”para eles o Céu, para o povo o Inferno”. Nesse caso, a prisão desses criminosos não é o mais importante – porque logo poderão ser soltos, mas sim, a recuperação de tudo que roubaram e continuam roubando, alguns mesmo depois de presos – são uns ‘caras-de-pau’, cínicos!

O que se pode esperar de hospitais “caindo aos pedaços”, sem equipamentos (quando os têm, não estão instalados, mas sim enferrujando), pessoal qualificado insuficiente e, muitas vezes, despreparado; faltam medicamentos, as consultas e procedimentos são adiados de modo inconcebível e inconsequente. Pessoas morrem nas filas e fora delas!

Faltam escolas e creches, sobram alunos e crianças sem ter onde estudar e ficar – enquanto os pais trabalham, sem merenda escolar, imprescindíveis para eles; professores e funcionários mal pagos e, em muitos casos, sem a qualificação adequada. A situação dos prédios escolares (quando existem!) é lastimável. E tanto dinheiro roubado!

Presídios desestruturados, superlotados, com fugas e rebeliões frequentes. Mais uma vez, muitas mortes, dentro e fora deles. Grande número de presos sem julgamento nem condenação. Muitos deles de forma injusta, em desacordo com a justiça. Em muitos casos, prende-se por motivos fúteis e liberta-se quem cometeu crime grave!

E o que dizer do meio ambiente e da sustentabilidade, que resultam numa batalha inglória dos ambientalistas, mesmo que com apoio da imprensa. Pouco adianta, valem mais os interesses dos empresários depredadores e dos políticos oportunistas.

No geral, o povo tem procurado reagir, lutar contra esses desmandos, quase sempre de modo civilizado, mas, infelizmente, muitas vezes não, pois os protestos terminam em quebra-quebra e vandalismo. Mais uma demonstração do estado de anarquia em que vivemos.

E aí, o que podemos dizer, de fato, do nosso Brasil, estamos vivendo “em pleno estado democrático de direito” ou “em pleno estado anárquico de direito”? Afinal, que país é esse?

Getúlio Cunha
Enviado por Getúlio Cunha em 03/07/2017
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