MORTE
 
          Para falar de morte vou começar a falar da vida, para todos os povos uma alegria imensa quando ela chega, quando brota, quando se anuncia. Vida significa existência. Do latim “vita”, que se refere à vida. É o estado de atividade incessante comum aos seres organizados. É o período que decorre entre o nascimento e a morte. Por extensão vida é o tempo de existência ou funcionamento de alguma coisa. O nosso funcionamento ou de algo que tenha vida, damos tempo de vida até para coisas que criamos, um carro, um sapato, uma roupa, por exemplo, quando velho ou velha, determinamos seu fim, mas a morte é outra coisa, desde dos antigos a morte é tratada de formas e jeitos diferentes, alegria e descanso para uns, festas e tristezas para outros, talvez ainda não tenhamos o segredo da morte.
          Em Eclesiastes 9:5, 10. Encontramos uma descrição importante para o que quero descrever sobre a morte Os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem absolutamente nada, nem têm mais recompensa, porque toda lembrança deles caiu no esquecimento. Tudo o que a sua mão achar para fazer, faça-o com toda a sua força, pois não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria na Sepultura, o lugar para onde você vai. ”
          Não sei se existe outra maneira de descobrir o que acontece quando alguém morre. Não obtivemos informações do filho da viúva de Sarefá, nem o menino de Suném falou nada do depois da morte, nem mesmo o homem que foi jogado na sepultura de Eliseu nos falou nada. Até o filho da viúva de Naim o qual Jesus interrompeu o cortejo fúnebre para devolver-lhe a vida revelou nada. A filha de Jairo também voltou sem uma resposta, o grande amigo de Jesus Lázaro voltou e nada falou sobre a morte. Pedro ressuscitou Dorcas e essa nada descreveu, Paulo trouxe a vida de Êutico e este também nada falou, qual o segredo da morte?  
          Será apenas um sono profundo aonde além da carne é nos levado a consciência e por isso não temos volta, não sabemos descrever essa viagem tão profunda, sobrando os ossos e nossa alma, um com a resistência e nosso DNA e a outra com a nossa consciência, que pode voltar em flashes percebíveis por alguns escolhidos, também outro mistério. Até agora a morte ainda é um segredo para este questionador que escreve este texto. Como diz Renata Nunes em seu texto o qual adiciono uma grande amiga:
A morte, senhora dos destinos, é certeira e certeza. Leva quem tem que levar. Dia desses foi meu velho pai. Depois meus irmãos. Ontem uma grande amiga. Amanhã, quem vai saber... A quem fica, além da ruptura dolorosa, ela oferece a chance de pensar e repensar sobre a vida. A danada te dá um soco na cara, te derruba no chão, te reduz de forma devastadora. Depois, delicadamente, pergunta se você está bem, se está amando o suficiente e como pretende seguir. Antes de sumir, lembra que irá voltar sem data marcada. E sempre deixa o alerta de que tudo passa rapidamente.
Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 28/01/2016
Reeditado em 07/02/2018
Código do texto: T5526513
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