Solidão acompanhada

Um frio cedo da manhã, uma vontade de ficar na cama, mais já era a hora de levantar, abri a janela e o sol invadiu todo o quarto, de olhos fechados agradeço a Deus por me permitir enxergar a beleza da vida por mais um dia.

Na solidão do meu pequeno casebre recebo um bom dia da minha cachorrinha, abro a porta para ela dá a sua voltinha.

Caminho até o quintal os raios solares quebrando o frio, meus olhos puxados demonstra a noite de insônia onde contei pernilongos kkkkk pois, os carneirinhos dormiram e eu firme e forte resisti.

Paro em silêncio, observo e vejo a solidão aqui.

Acho ela feia e na mente trago as lembranças dos meus que a essa hora devem está curtindo o café da manhã preparado por mainha, bolo, pães, queijos,cuscuz de milho, tapioca, sucos e o melhor a sua companhia.

Me emociono e sento num pequeno banco de tijolo improvisado e vejo a lágrima marcando o cimento.

Posso te dizer que isso dói e como dói, aqui vejo que me perdi e buscando me encontrar só penso em voltar.

O tempo é nosso cruel inimigo e por muitas vezes um amigo, que nos faz repensar por que não viver o agora, o momento e a dádiva da vida.

E por falar no tempo é hora de ir, tomo meu banho e preparo o meu café , não estou só a solidão está aqui comigo e me faz companhia.

Degusto um pequeno café com leite, requeijão e alguns biscoitos de água e sal (sofrimento um café assim, preciso perder umas medidas rs), agora vestida, perfumada é hora da partida.

Daqui a pouco chego na lida.

Parece infinita a rua que sigo. Eu diria que é uma solidão acompanhada.

Depois de uma pequena caminhada entre o verde, sinto o vento de leve me tocar a face e sei que eu não estou sozinha é Deus que me protege e me fortalece eu sei.

Vejo ainda as crianças caminhando uniformizadas para a escola.

A vendedora de cheiro verde que com seu grito serve de despertador pra alguns "olha o Cheiro verde", ela me cumprimenta, mais a frente a Dona

Maria que me para e conta uma fofoca rápida (reclama do terreno baldio cheio de lixo) eu falo paciência Dona Maria que o dono do terreno mora no melhor lugar da cidade e ele não se preocupa com nosso bem estar e falo a ela que farei um exército de pessoas conscientes sábado e limparemos a sujeira, ela sorrir e diz: Quando você for embora vai deixar muitos órfãos aqui, mais minha filha vá, sua família te espera. E me abraça carinhosamente e nesse abraço Deus afirma o que eu já sabia.

Eu não estou só.

Bom dia a todos que a Biblioteca começa agora cheia de flores no meu jardim, hoje tem uma contação de história sobre o menino que vivia no lixo e adivinha de quem eu lembrei???

Dela mesmo da Dona Maria querida.

Beijos a todos

Ana Aníssima
Enviado por Ana Aníssima em 13/08/2014
Reeditado em 13/08/2014
Código do texto: T4920692
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.